sexta-feira, janeiro 21, 2005
Portugal a Caminho de Eleições - I
Confesso-me chocado com a senha partidária do PS a caminho das eleições de 20 de Fevereiro, e considero absolutamente inqualificável o que estão a fazer com o nome do Prof. Sousa Franco. Convidaram a sua esposa, Matilde, para ser cabeça de lista do PS por Coimbra, para aproveitar o balanço dado pelo apelido do malogrado Sousa Franco. Eu devo dizer que não acreditei na notícia quando a li nos orgãos on-line, pensando que seria um erro e que a esposa de Sousa Franco só seria candidata a um lugar simbólico em jeito de homenagem à memória do seu marido. Não seria o ideal, para mim, em termos éticos, mas seria moralmente aceitável. O que não é aceitável é que candidatem a senhora, que nem cartão do PS têm e que é de Lisboa, em primeiro lugar nas listas, só, repito, para tirar proveito político e eleitoral da trágica morte de António Sousa Franco. Contudo, a alternativa política ao PS, o PSD (do qual, esclareça-se, sou apoiante - porque mais vale um mau PSD que a tralha guterrista II), não está melhor. Em primeiro lugar das listas para Évora está a Ministra da Cultura, Maria João Bustroff, que, em 4 meses de mandato só teve uma grande referência nos orgãos de informação e foi porque o seu irmão foi apanhado no chamado "Processo do Parque". Para além de ser uma santanete, nada a qualifica para o lugar. Assim como acontece com Luís Filipe Menezes em Braga e Domingos Duarte Lima em Bragança. E acresente-se que vê, sem grande reacção, a grande jogada política do PS em pôr António Vitorino a correr por Setúbal (onde defrontará Zita Seabra, ex-militante do PCP) e onde, se o PS conseguir estancar o crescimento do BE e diminuir a influência do PCP, poder-se-á dar a estocada decisiva em relação a uma maioria parlamentar do PS. E assim vão as alternativas de poder em Portugal...
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